A resposta é:
Sim, a COVID-19 pode provocar compulsão alimentar!
A pandemia agravou os sintomas de desequilíbrio dos neurotransmissores e a compulsão alimentar pode ser consequência desse desequilíbrio. De acordo com especialistas, de forma geral, 70% da população tem um desequilíbrio dos neurotransmissores.
Quais são os 4 fatores responsáveis por esse desequilíbrio dos neurotransmissores?
- Hereditariedade
- Medicação
- Hábitos de vida
- Má alimentação
Qual o neurotransmissor que controla o apetite e qual a sua relação com a comida?
A dopamina controla o apetite e está, diretamente, conectada ao sistema de recompensa do cérebro. Quando come algo do seu agrado sente uma sensação de satisfação e felicidade, certo? Isto surge porque o cérebro regista esse momento como sendo prazeroso, considerando-o um comportamento a repetir. Inicia-se, então, uma luta entre a razão e a emoção. Se a emoção vencer, o comportamento prazeroso será repetido, fortalecido e dificilmente resistirá à tentação, isto é, gera compulsão. Se a razão vencer, o cérebro vai considerar e controlar o comportamento e tentar substituir por outros alimentos que gerem sensações de prazer igualmente proporcionais em quantidade equilibrada.
Uma das rotinas mais alteradas durante o isolamento social é o ato de se alimentar. Torna-se difícil conseguir manter a mente livre das tentações de alimentos menos nutritivos. A denominada fome emocional é a mais prevalecente no isolamento em casa, onde a pessoa acaba de comer, mas deseja continuar, como forma de aconchego e segurança.
7 estratégias para prevenir a compulsão alimentar:
- Faça a gestão do stress com atividade física
- Minimize a ansiedade com atividades prazerosas
- Mude o seu stock de alimentos em casa, de preferência com alimentos saudáveis
- Planeie e prepare refeições adequadas para si
- Confecione o alimento com carinho e amor
- Coma com atenção e repare: na aparência, aroma, paladar e textura
- Pratique a gratidão
Num momento em que os prazeres da vida estão escassos é fácil recorrer à ilusão do prazer momentâneo que o alimento oferece. A tendência é a repetição viciante desta recompensa, que deriva da libertação dopaminérgica no organismo, podendo ser responsável pela instalação de uma compulsão alimentar.
Talvez tenha recorrido mais vezes e em maior quantidade à comida do que o desejável. E mesmo perante várias dicas que recebe sente dificuldade em controlar-se. Em parte, o que sente, advém de um isolamento que a realidade atual nos impõe e como consequência disso surge a fome emocional.
Como controlar a compulsão alimentar?
A compreensão do sistema de recompensa do cérebro permite uma melhor perceção de como podemos controlar a alimentação desadequada, no entanto, nem sempre conseguimos, sozinhos, normalizar a situação. Como forma de prevenir uma compulsão alimentar proveniente da atual situação atípica é importante salientar que recorrer a um profissional ajuda na gestão do stress e na aquisição de recursos comportamentais geradores de prazer que estimulam a produção saudável de dopamina.
A clínica PSIC disponibiliza uma consulta gratuita informativa que pode ser presencial ou à distância sobre a compulsão alimentar.